Reportagem Agência/AFP
Park Sung-hyun é a atual campeã olímpica e uma das favoritas para o título em Pequim.
O técnico da equipe americana de tiro ao arco, Ki-sik Lee, já consegue ver a equipe sul-coreana feminina com as medalhas de ouro no peito, tamanha é a disparidade de talento e confiança para os outros países. - A equipe da Coreia do Sul está em um nível tão alto que elas sentem que mesmo que errem a primeira tentativa, acertarão na seguinte. É como se fossem adultas atirando com crianças do primário. Ninguém pode batê-las com esse nível de confiança - diz Lee, o Guus Hiddink do tiro com arco, em referência ao técnico holandês de futebol.
As coreanas ganharam todas as medalhas de ouro no tiro com arco desde as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles. Park Sung-hyun é a atual campeã olímpica, enquanto Yun Ok-hee tem o recorde mundial de 119 pontos em 120 possíveis na Copa do Mundo da Turquia em Maio passado.
A China perseguiu as coreanas até a última flechada nos Jogos de Atenas, mas as campeãs ficaram com o ouro com um ponto de vantagem. A campeã mundial, a italiana Natalia Valeeva, também pode ser "uma pedra no sapato" na competição individual.
No masculino, uma competição mais acirrada
Quanto aos homens, Lee é um pouco mais contido: - O evento masculino é mais parelho - diz ele, que foi técnico da Coréia do Sul até os Jogos de Atlanta, antes de se mudar para a Austrália e depois para os Estados Unidos. O australiano Simon Fairweather ficou com o ouro competindo em casa sob a tutela de Lee. - A Coreia é a melhor, mas a distância está diminuindo. E estes são os Jogos Olímpicos, então tudo pode acontecer. A pressão vai estar em cima do número um Im Dong-hyun para vencer o primeiro título individual para os coreanos.
O campeão de Atenas, o italiano Marco Galiazzo, e o número dois do mundo, o russo Baljinima Tsyrempilov, são rivais óbvios, mas o australiano Sky Kim e o jovem americano Brady Ellison, de apenas 19 anos, também estão com os olhos voltados para o ouro.
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