quarta-feira, setembro 29, 2010

Robô humanoide aprende a usar arco e flecha sozinho

Pesquisadores do Instituto Italiano de Tecnologia programaram um androide que desenvolveu a habilidade de executar tiros perfeitos com arco. Após receber instruções básicas sobre como segurar o arco e soltar a flecha, o robô aprendeu sozinho a mirar e atirar sem erros.

Segundo o site Techabob, o Dr. Petar Kormushev e seus colegas do Departamento de Robótica Avançada da instituição são responsáveis por outros projetos mais inofensivos, como um autômato que consegue virar panquecas. Mas o novo robô da equipe não é tão sutil: os estudiosos utilizaram um bot denominado iCub, um bebê humanoide que tem o mesmo tamanho de uma criança de 3 anos de idade. Até aí, nenhuma ameaça.

Crianças nessa idade aprendem as coisas rapidamente. Robôs parecidos com crianças nessa idade, aparentemente, aprendem ainda mais rápido. A partir de informações básicas sobre como usar a arma medieval, o iCub se tornou um exímio arqueiro, utilizando técnicas de inteligência artificial para aprender, por si só, como calcular balística e intensidade para acertar na mosca com 100% de acerto.

A beleza aterrorizante do feito está justamente nisso: o robô aprendeu sozinho a usar uma arma de arremesso de projéteis. E com apenas oito tentativas ele já acertava o centro do alvo.

De acordo com o site do projeto, o código fonte de seu software é aberto, foi publicado e está disponível em um documento no formato PDF. Este algoritmo de aprendizado, chamado ARCHER (Augmented Reward Chained Regression), trabalha com um sistema de tentativas onde os acertos garantem uma recompensa, e foi otimizado especificamente para lidar com problemas no treinamento de arqueria. O prêmio máximo seria acertar o centro do alvo.

Como o iCub possui articulações nos braços e mãos, o robô passou a "testar" os arremessos. Com base nos parâmetros de erro entre força e direção dos tiros anteriores, armazenados em memória, ele passou a coordenar os movimentos das duas mãos em busca da perfeição. Após cada apresentação, existe um processamento da imagem para saber onde a flecha atingiu, que analisa inclusive as cores do alvo.

A pesquisa será apresentada na conferência de Humanoids 2010, que acontece em dezembro, nos EUA.

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