quinta-feira, janeiro 14, 2010

Hanare - Tiro com Arco na Culturgest

Nos próximos dias 15 e 16 de Janeiro, a coreógrafa e bailarina Aldara Bizarro vai pisar os palcos da Culturgest, em Lisboa. O arco não só é utilizado em palco como inspira o nome do novo espectáculo.

Uma força que vem do nosso centro para outro centro:
o nosso objecto de desejo. Dois pontos em contacto, numa força centrífuga. E no meio, o fazer, a acção e o corpo que se move com questões. A vontade seria branca como uma evidência se tivesse cor.

De onde vem esta força? O que nos faz lutar, querer, continuar, todos os dias?

No tiro com arco japonês, Hanare é o momento do libertar da flecha. O momento do disparo não deve ser procurado, mas sim, surgir naturalmente quando for o momento certo.

É desta forma que Hanare surge na carreira de Aldara Bizarro. No seu regresso ao palco, a solo. No seu convite a Francisco Camacho e a Nuno Rebelo, que marcaram a sua carreira como bailarina.
Na continuidade do trabalho desenvolvido enquanto coreógrafa. Um ponto comum neste percurso: intimismo


Grupo/Bailarinos: Aldara Bizarro

Coreografia: Aldara Bizarro

Endereço: Rua do Arco do Cego Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos, 1000-300 LISBOA


Telefone: 217905155

URL: www.culturgest.pt

terça-feira, janeiro 12, 2010

Tiro com Arco / Reflexão

Não consegui ser breve mas no entanto tenho de clarificar a minha posição.


Julgo que muitos de vós já receberam a informação que consta da página da Confederação do Desporto de Portugal, e que, ao enviar em 1ª mão ao Adriano Dias me fez mais uma vez pensar na "reunião" de Sábado, no que foi dito e principalmente na maneira como foi mais uma vez dito.

Todos nós temos coisas com que concordamos mais, menos, ou pura e simplesmente não concordamos. Estamos no nosso direito! O que não deviamos ter direito é de caluniar, ofender, deitar abaixo TODO o trabalho feito pelos outros. Trabalho esse voluntário como o das direcções federativas. Atenção que com isto não estou a defender ou achar que isso serve de desculpa para não fazer o que é necessário.

Na opinião de alguns, TUDO está mal na FPTA... "As coisas NUNCA estiveram tão mal". "O que é preciso é ESTA direcção ir-se embora". "Demitam-se JÁ!", "Não estão lá a fazer NADA!", "Votaram neles, agora ARREPENDEM-SE" (como se as alternativas, só por não estarem lá fossem melhores), etc, etc...

Não vou pedir desculpa por não partilhar da opinião da maioria das pessoas que falaram, as quais na sua maioria se limitaram a falar de passado, passado e mais passado. Talvez eu tenha entrado na reunião errada pois o convite que eu recebi dizia que a reunião era para falar do FUTURO DA MODALIDADE. Sou daqueles que viveu o "passado" do tiro com arco, pelo menos nos últimos 26 anos... se fosse para ouvir falar do passado, ainda por cima com tantas "incorrecções" (para não dizer mentiras) não teria ido.

É curioso o termo "amigos" do tiro com arco. Eu o que encontrei este Sábado pareceu mais os "inimigos" no tiro com arco.

Para mim é triste que os "fazedores de opinião" da nossa modalidade não saibam reconhecer o trabalho positivo que foi feito pelas várias direcções ao longo dos anos e focar-se no MUITO que é ainda necessário fazer para levar o tiro com arco a estar à altura do que é exigido nos dias de hoje (a nível Nacional e Internacional).

Tudo o que se vê, são pessoas com mágoas e problemas pessoais, muitas vezes com aqueles com quem uns dias atrás diziam ser quem tinha para solução de todos os males.

O "Venham outros!" serve perfeitamente para mim. Mas não me enganem, não se enganem, nem enganem as pessoas que são novas nisto, a dizer que "piores não podem ser" quando são vocês próprios que daqui a 1 dia, um mês ou 1 ano, vão estar a dizer " Demitam-se já" "venham outros", "piores não podem ser!"

Aquilo que temos conseguido com estas atitudes é afastar muitas das pessoas interessadas, capazes, competentes, entusiasmadas, que poderiam ser úteis à modalidade. Desde já envio uma palavra ao Presidente da Assembleia Geral da FPTA que sem dúvida considero ser um dos elementos essenciais no actual momento da nossa modalidade, e que espero continue a dar o seu contributo, tão necessário.

Alguns de nós, dos mais antigos nos quais eu me incluo, e já não somos muitos, só cá continuamos por um AMOR, que às vezes nem nós sabemos explicar e nos faz passar pelo sofrimento de ver algo que gostamos ser constantemente maltratado.

Será que nada nem ninguém é suficientemente bom para nós? Escutando o que é constantemente dito o grande problema do tiro com arco é a "ELITE" (Elite - pequeno grupo dominante dentro de uma maior sociedade » Wikipédia) .

Em português comum diríamos que a elite são os melhores.

Nós (os clubes) criámos e votámos em Assembleia Geral uma competição chamada "Elite" (com que uma minoria de associados da FPTA não concordou). Podia chamar-se "1ª Divisão", " Os melhores" ou qualquer outro nome, isso importa pouco.

Para mim, como arqueiro, o importante era que pudesse atirar ao lado dos 15 melhores, e como treinador, que os meus atletas pudessem estar nesses 16.

Nunca percebi que os treinadores e técnicos não incentivassem os seus atletas a participar e a querer estar nesse grupo.

Nem todos podem ser "os melhores" mas podem e devem trabalhar para isso e aproveitar as oportunidades que lhes são dadas, em vez de ser "pobres e mal agradecidos".

O problema era serem as “5 competições pagas à cabeça". Para 2010, a pedido de várias famílias, a regra foi alterada pela actual direcção.

Era uma injustiça, só por não ter atirado no ano anterior não poder estar na Elite do ano seguinte sendo o melhor (regra que eu próprio contestei). Para 2010, qualquer pessoa se podia inscrever, de acordo com a proposta em vigor.

A vantagem da Elite? Competições com eliminatórias, sistema de tempo, suposta maior qualidade... Depois da FPTA mudar o que eram as principais críticas, qual é o problema agora?!? Pois é... O nome "ELITE".

Muitos acham que o problema é que os arqueiros deste segmento não eram de elite. Eu penso que o maior problema foi que os arqueiros portugueses não quiseram ser de "Elite" (perdoem-me as excepções daqueles que se esforçaram por isso) como se isso fosse algo mau ou reprovável! Visto que estas competições as que têm tido melhores condições para os atletas? Não poderemos considerá-las de elite?

Para mim o que havia a fazer é aprovar rapidamente a mudança dos regulamentos que tanto criticavam, antes que estas competições tenham início e não sugerir que “fique tudo na mesma”!

Quanto às competições dos miúdos, fiquei sensibilizado com alguns dos argumentos escutados, vindos nomeadamente dos pais dos atletas.

Digo claramente, mantenham as competições de infantis no mesmo dia das dos adultos! Não há problema nenhum!

Continuo a achar no entanto que deveriam ser campeonatos diferentes. Adultos de manhã e crianças à tarde. Aí sim podem os atletas concentrar-se a 100% no seu tiro, enquanto os filhos os vêem a atirar. Depois disso chega a nossa vez de efectivamente "ver" os nossos filhos quando eles competem. Observar os seus tiros e as suas reacções, alegrias, tristezas, progressos... tudo o que o desporto é feito.

Não menos importante podemos "exigir" dos nossos treinadores mais e melhor acompanhamento para aqueles que estão ainda numa fase tão importante da sua formação, impossível de obter quando o treinador também está a atirar ou percorre a linha de tiro de um extremo ao outro vendo seniores, juniores, cadetes, recurvos e compounds.

Quanto ao Treinador Nacional… houve certamente quem soubesse aproveitar, mas não foi a grande maioria e sobretudo não foram muitos daqueles que estando nas Selecções Nacionais o podiam ter feito. Não fosse o Sr. Myong Lee uma pessoa de extraordinário carácter, dedicação e paixão pelo ensino do tiro com arco e a situação há muito seria insustentável. A realidade é simples e não vale a pena negá-la:

Tal como foi dito “Os arqueiros não queriam trabalhar com o Sr. Lee” , independentemente das excepções que confirmem a regra.

Pessoalmente prefiro ver regressar a casa um Amigo que assistir aos constantes “maus tratos” e desconsiderações de que ele era alvo nos treinos, deslocações, competições… É com muita pena que vejo regressar à Coreia o Mr. Lee, que para mim será sempre o “Mestre” Lee.

Agradeço que, para a próxima “reunião”,“assembleia” ou “ajuntamento” não voltem a repetir que “obrigaram os clubes a aprovar os novos estatutos, com a ameaça que se perderia a Utilidade Pública Desportiva… toda a gente sabe que isso não vai acontecer”

Pois é, já aconteceu… 3 Federações já perderam a Utilidade Pública Desportiva (UDP), exactamente por não terem adequado os seus estatutos à nova lei.

Acham que é por sermos uma Federação Olímpica que isso não vai acontecer?? Olhem à vossa volta e vejam como o IDP deve estar preocupado com ter de distribuir as verbas do tiro com arco pelas outras modalidades.

Também foi afirmado que era incorrecto o número de federados fosse cerca de 300 “toda a gente sabe que a Federação mente e inflaciona os números para o IDP… pois nos Rankings constam muito menos arqueiros” como se todos os inscritos tivessem de participar em competições. Além dos muitos iniciados que não competem nos vários clubes dou o meu próprio exemplo que me inscrevi no princípio de 2009 como atleta e devido a uma lesão e à minha vida familiar terminei o ano sem atirar uma só flecha em competição.

Lembro que a preocupação de todos nós, que formamos a Federação, deve ser chegar o mais rapidamente à meta de 500 atletas, quer compitam ou não, para cumprir com o indicado às Federações como essencial para manter o estatuto de UDP.

Fico a aguardar conhecer os projectos para o Futuro, quem são as pessoas que os irão executar, e como?

Podem dizer que eu "defendo" a Federação. Defendo o que acho que foi bem feito e tento encontrar soluções para o que precisar ser corrigido.

Está na altura de defendermos as Nossa Federação (esta, a próxima e as seguintes) , se queremos defender a Nossa modalidade.

Nunca escrevi tanto num 'post'. Depois de ouvir os comentários de Sábado passado fiquei mais nervoso a falar, do que na última flecha de uma final.
Pelo que aqui consigo melhor lamentar-me, eu também!

P.S: Para mim há Dezes ao fundo do túnel!




Se desejarem fazer comentários, peço que estes não sejam anónimos. Considero-me responsável pelo que escrevi. Já sabem que não publicarei qualquer comentário que contenha “ofensas”, especialmente a terceiros ou que considere retire o nível que tento impor a este blog.

sábado, janeiro 02, 2010

FPTA lança Campeonato Nacional de Clubes para 2010


A grande novidade para 2010 pode ser o novo molde de competição para as equipas.

De acordo com o Documento nº 9 do Departamento Técnico (DT) foi elaborada uma proposta a apresentar aos clubes para remodelar totalmente o molde em como se disputam hoje as competições de equipas, de modo a torná-las mais competitivas, interesantes e mais de acordo com os as actuais regras da FITA.

Dependendo da decisão ser tomada pelos actuais ou pelos novos estatutos da FPTA, cabe à Assembleia Geral ou à Direcção decidir o rumo a seguir.

A criação do "Campeonato Nacional de Clubes" (CNC), virá substituir as actuais "competições de equipas”, sendo esta competição nos escalões de adultos.

Os diversos escalões ( juvenis, cadetes, juniores ) deixarão deste modo se constituir como equipes próprias, podendo os seus elementos ser incorporados nas equipes dos clubes, em um esclão único.

As competições referentes ao novo Campeonato decorrem em momento próprio, sendo independentes das competições individuais e realizam-se nas 4 categorias FITA, podendo cada clube apresentar uma equipa por categoria.

Cada clube poderá efectuar alterações à composição da equipa que o representa em cada categoria, composta por 3 arqueiros e 1 treinador.

A proposta do DT prevê ainda um campeonato em Campo e outro em Sala onde serão atribuídos 4 títulos nacionais (para cada uma das épocas), nas categorias de Homens Recurvo, Senhoras Recurvo, Homens Compound e Senhoras Compound.

Embora se preveja um aumento da competitividade, com o novo sistema e com o "agrupar" dos escalões, o respectivo título não será atribuido, caso não existam pelo menos duas equipas por categoria.
As equipas serão apuradas para uma Final Four, onde serão conhecidos os Campeões Nacionais.